Start-up desenvolve técnica de reconstrução de mama com impressão 3D
Uma pequena start-up americana está usando a tecnologia para tentar minimizar os danos a pacientes que passam por lumpectomias (cirurgia conservadora da mama) ou mastectomias (cirurgia de remoção completa da mama). A TeVido BioDevices aposta na impressão 3D de tecidos e gorduras para cirurgias de reconstrução de mama. No início, a produção vai se restringir ao mamilo, mas com o desenvolvimento da técnica ela poderá ser usada para criação de grandes enxertos de gordura para usos médicos e cosméticos.
– Sempre que converso com cirurgiões plásticos eles me apresentam novos usos para os enxertos de gordura. O exemplo mais recente foi a aplicação em cicatrizes deixadas pela quimioterapia – disse Laura Bosworth, diretora executiva da TeVido, em entrevista ao site TechCrunch. – Talvez algum dia seremos capazes de criar enxertos de gordura grandes o suficiente para fazer um pequeno aumento de mama.
A proposta da TeVido pode revolucionar as cirurgias reconstrutivas porque ela usa gorduras e células da pele da própria paciente para criar os enxertos de gordura e o mamilo. Com células vivas, os seios não precisam de retoques ao longo do tempo.
– Nós começamos com o mamilo porque é pequeno, mas com o amadurecimento da tecnologia poderemos fazer enxertos maiores – disse Laura
Atualmente, as cirurgias reconstrutivas são realizadas em várias etapas e a recriação do mamilo é uma das partes mais complicadas. Os cirurgiões usam pedaços de pele para recriar o formato do mamilo, ou usam implantes com tatuagens para adicionar cor.
A técnica desenvolvida pela TeVido completou a primeira rodada de testes, mas o procedimento não deve estar disponível no mercado em menos de cinco anos.